quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

História: Ex-goleiro Altevir relembra seus momentos de jogador.


Alberto Gottardi, Caju, Laio, Marolla, Roberto Costa, Gilmar, Ricardo Pinto, Flávio e mais recentemente Diego, Guilherme, Neto. Em comum, todos têm a função de goleiro e todos tiveram passagens de destaque vestindo a camisa do Atlético Paranaense. Mas nessa galeria de grandes e eternos goleiros, um se destaca de forma especial. Apesar de não ter conquistado nenhum título pelo CAP, Altevir deixou uma marca registrada que até hoje não foi superada: é o recordista de tempo sem sofrer gols no futebol paranaense, ficando 1.066 minutos consecutivos sem levar gol.

Altevir jogou no Atlético por cinco anos, de 1972 a 1977, e ao chegar no clube ele mesmo lembra que realizou um grande sonho, de transformar o torcedor em um atleta em seu clube do coração. “A minha relação com o Atlético sempre foi de carinho porque meu pai era atleticano. O primeiro jogo que eu vi de profissionais foi na Baixada, eu tinha 7-8 anos. Meu amor pelo Atlético começou aí. Depois comecei como profissional, rodei pelo interior e cheguei no clube. Era um tempo de dificuldade, quase de transição, saindo de uma espécie de amadorismo, com alguns jogadores trabalhando meio período e jogando no outro, até quando o Atlético começou a disputar o Brasileiro em 73 e aí profissionalizou, mas ainda com bastante dificuldade”, relembra. Ele conta que a sua identificação com o clube permanece até os dias de hoje, quando voltou à função de apenas de torcer pelo CAP. “Até hoje eu torço pelo Atlético e me sinto gratificado por ter jogador esse tempo todo no clube”, diz.
ex-goleiro relembra com orgulho a impressionante marca de ficar 1.066 minutos sem sofrer gols, um recorde que perdura até hoje no futebol paranaense. “Foi no Campeonato Paranaense de 1977. Eu fiquei 1066 minutos sem tomar gol, 12 partidas, na 13ª, num jogo em Maringá no primeiro jogo do quadrangular final, aos 24 do segundo tempo tomei um gol contra do Belga. Infelizmente foi um gol contra. Foi um recorde que é muito difícil de ser atingido, tanto que até hoje ele persiste e tenho orgulho, é uma das coisas boas que fiz pelo Atlético”, conta.

Apesar de não ter conquistado nenhum título pelo clube, Altevir diz que passou por bons momentos no CAP. “Tive uma fase muito boa no Atlético, os torcedores lembram de mim com muito carinho porque eu sempre tive atuações boas pelo Atlético. A gente sofre muito mais quando joga profissional e torce pelo time, a derrota dói muito mais”, confessa o ex-dono da camisa número um do Atlético.
Pai de preparador
Ainda hoje, 33 anos depois de deixar de ser atleta do clube, Altevir tem uma relação muito próxima ao Atlético Paranaense. Primeiro como torcedor, como ele orgulhosamente faz questão de frisar. Mas também porque seu filho, Christopher, trabalha no CAP, na função de preparador de goleiros. “Ele começou no Infantil, passou pelo Juvenil e hoje treina o Juniores. Tenho muito orgulho do trabalho dele, pois os treinadores e preparadores da base têm revelado muitos bons jogadores e isso para o clube é muito importante. No Brasil é importante revelar jogadores, que é uma fonte de receita também. Dentre esses, saiu o Neto que hoje alcançou a seleção brasileira. O trabalho deles está aparecendo e estão sendo valorizado. Fico feliz dele estar trabalhando aqui no Atlético, que é o clube do nosso coração”, diz o pai orgulhoso.

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