quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Julio Cesar renova contrato com o Timão até o fim de 2014.

Goleiro segue passos de Ronaldo Giovanelli e pode se tornar o segundo da História com mais atuações.
Julio Cesar foi fundamental para a boa campanha do Corinthians no Brasileirão (Crédito: Ari Ferreira)

O ótimo desempenho de Julio Cesar no Campeonato Brasileiro rendeu um novo contrato ao goleiro, que renovou com o Corinthians até 31 de dezembro de 2014. O vínculo anterior era até o fim de 2011.

– Sem dúvida, foi o reconhecimento do meu trabalho. Estou muito feliz por isso – afirmou Julio, em entrevista exclusiva ao LANCENET!, minutos antes do início do casamento do reserva Rafael Santos.

O acordo selado entre os representantes do arqueiro e o presidente Andrés Sanchez foi tranquilo e rápido, sem grandes enrolos financeiros. Com o novo contrato, Julio tem tudo para seguir os passos de outro goleiro revelado pelo Terrão: Ronaldo Giovanelli, que, dos anos de 1988 a 1998, atuou em 602 partidas.

Pelo número de compromissos da equipe na temporada, que normalmente chega a 70, Julio Cesar pode se tornar o segundo goleiro mais presente da História centenária do Corinthians ao término desse novo contrato. Até o momento, o arqueiro atuou 52 vezes pelo Timão, sendo 49 partidas oficiais e três amistosos.

– Todos os goleiros da base se espelham no Ronaldo, por tudo o que ele fez no Corinthians. Todos querem fazer algo perto do que ele conseguiu. Gosto muito dele e espero ter a mesma sequência no clube – afirmou o atual dono da camisa 1.

Julio foi promovido à equipe profissionais no segundo semestre de 2004, após se destacar na campanha que rendeu mais um título da Copa São Paulo de Juniores para o clube naquele mesmo ano. Desde então, sofreu com a falta de oportunidade.

Mais de uma dezena de goleiros foram contratados durante esse período, fazendo com que Julio permanecesse apenas como opção no banco de reservas. Isso quando era relacionado, já que por diversas vezes teve de amargar a notícia de que não poderia nem ser reserva da equipe.

Nem mesmo a atual temporada, que marcou a “ressurreição” dele no Parque São Jorge, deixou de ser espinhosa. No primeiro semestre, após a lesão de Felipe, a comissão técnica decidiu pela titularidade de Rafael Santos, considerado uma grande promessa por Mano Menezes & Cia.

A chance foi dada a Rafael, que não aproveitou. Após falhas em sequência, tanto pelo Estadual quanto pela Libertadores, o jovem foi esquecido. Felipe voltou à equipe.

Porém, com a saída turbulenta do ex-titular, que foi para o futebol português, chegou a vez de o prata-da-casa assumir a camisa 1. E não sair mais. Tanto que o paraguaio Aldo Bobadilla, experiente e com duas Copas na bagagem, não teve nem uma única chance para jogar.

– Hoje tenho mais confiança, maturidade. Já fiz jogos difíceis, inclusive de Libertadores, e agora tenho a cabeça melhor – diz Julio.

MAIS PRESENTES:

Ronaldo: 602 jogos. Atuou de 1988 a 1998 e levou 571 gols.

Gilmar: 395 jogos . Atuou de 1951 a 1961 e levou 527 gols.

Cabeção: 324 jogos. Atuou de 1949 a 1966 e levou 521 gols.

Bino: 233 jogos. Atuou de 1943 a 1951 e levou 383 gols.

Ado: 207 jogos. Atuou de 1969 a 1974 e levou 170 gols.

Felipe: 192 jogos. Atuou de 2007 a 2010 e levou 194 gols.


OUTROS ‘NOVOS RONALDOS’ QUE NÃO VINGARAM

Marcelo
Mesmo temperamental e irregular, virou titular no final do primeiro turno do BR-05, após lesão de Fábio Costa. Na época, mesmo terceiro reserva, foi escolhido por Márcio Bittencourt. Chegou ao clube em 98, após rápida passagem pelo Vasco, indicado pelo pai do volante Wendel. Disputou a última Série B pelo Bahia.

Rafael Santos
Com a contusão de Felipe este ano, teve chance de atuar na reta final do Paulista e na primeira fase da Copa Libertadores. Porém, falhou demais e cedeu espaço para a volta de Julio Cesar à titularidade.

Renato
Foi até convocado por Luxemburgo para a Seleção olímpica, mas teve vida curta no Parque São Jorge. Entre 99 e 2001, atuou apenas seis vezes. Andou por clubes menores após sair do Timão.

Rubinho
Irmão do volante Zé Elias, ganhou várias chances na equipe profissional, mas jamais conseguiu se firmar. Entre 2001 e 04, foi titular em 45 jogos. Sem espaço, foi vendido para Portugal. Porém, foi na Itália, que Rubinho ganhou notoriedade.

Tiago

Aposta de Daniel Passarela após o afastamento de Fábio Costa, em 2005, sofreu cinco gols contra o São Paulo e sumiu. Esteve também na eliminação da equipe na Copa do Brasil, nos pênaltis, para o Figueirense. Se destacou na Lusa e depois no Vasco, onde agora é reserva.

Yamada
Ficou conhecido pela torcida na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 99, com defesas milagrosas. No profissional do Corinthians, atuou apenas três vezes, duas delas na Copa do Brasil de 2000.

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