Com efeito Muricy, goleiro santista só defende a cada 50 minutos

Bareiro cabeceia e Rafael só observa bola morrer na linha de fundo
Foto: Fernando Borges/Terra

Noventa minutos e apenas uma defesa realizada. Assim pode ser resumida a participação do goleiro santista Rafael na noite em que sua equipe bateu o Cerro Porteño no Pacaembu e abriu vantagem na luta por um lugar na final da Copa Libertadores. Com a retaguarda bem protegida, mais uma vez o Santos soube esfriar o ímpeto de um rival que, por quase toda a etapa final, trocou passes e buscou, sem sucesso, espaço na defesa armada pelo treinador Muricy Ramalho.

Dados do Footstats mostram que o goleiro santista é quem tem mais conforto desde a chegada de Muricy Ramalho. Em cinco jogos de mata-mata da Libertadores, por exemplo, Rafael só precisou realizar nove intervenções: média de uma a cada 50 minutos de jogo. O índice é considerado baixo se você notar que, pela fase de grupos contra o mesmo Cerro Porteño na Vila Belmiro, ele fez seis defesas em uma só noite.

Na noite desta quarta, foi só aos 45min do primeiro tempo que Rafael precisou trabalhar, em lance que surgiu de bola alçada na área santista. Benítez conseguiu uma rara finalização para os paraguaios, mas o jovem goleiro do time da casa apareceu de forma providencial. Raro momento em que a proteção exemplar à defesa do Santos foi furada por uma investida do Cerro Porteño.

Para impedir a aproximação dos paraguaios a marcação foi fundamental para o Santos, que teve três ladrões de bola destacados: Danilo, no meio-campo, liderou o quesito com cinco desarmes, seguido por Pará com quatro e Léo com três. Edu Dracena, com 16 rebatidas, e Durval, com 11, fizeram o trabalho "sujo" no miolo de zaga.

Com apenas cinco gols sofridos em 14 jogos, o Santos precisará só contar mais uma vez com sua defesa, justamente o ponto fraco até a chegada de Muricy Ramalho. Assim como ocorreu contra o América do México na fase de oitavas de final, Rafael precisa não sofrer gols no jogo de volta contra o Cerro Porteño, na próxima quarta, para carimbar a classificação santista à decisão da Copa Libertadores.

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