sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Não basta parar pênalti, goleiro do Inter tem que ser bom de bola

Clube tem especialistas em penalidades e faz jogada ensaiada até no tiro de meta.

Foto: Vipcomm
Pegar pênaltis é uma especialidade entre os goleiros do Internacional. Renan e Muriel já pararam 10 batedores na temporada 2010. Aproveitamento acima da média. Mas não basta brilhar nas defesas, o clube prepara goleiros bons de bola. Vale ensaiar jogada até no tiro de meta. O resultado ficou evidente na rodada retrasada do Brasileirão quando o time enfrentou o Bahia. Gol de Damião, assistência do goleiro Muriel.

Renan encarou 15 batedores de pênaltis nesse ano. Nove deles, mais de 50%, não tiveram sucesso. Foram sete defesas, uma bola na trave, outra pra fora. Muriel, atual titular, encarou nove batedores. Defendeu três cobranças (levou o gol no rebote em dois deles).

“É mérito deles. O pênalti é uma defesa isolada. A responsabilidade é mais do atacante, mas Muriel e Renan tem a característica de defender pênaltis”, diz Marquinhos, preparador de goleiros do clube.

Ele revela que existe uma equipe trabalhando pelos goleiros. O clube procura abastecê-los de informações antes da bola rolar em cada rodada do Brasileirão. Quando existe uma grande decisão pela frente, o trabalho é ainda mais elaborado. Quando ganhou o título estadual sobre o Grêmio, nos pênaltis, o clube havia separado vídeo de cobranças de todos os possíveis batedores do adversário. Renan foi para a decisão sabendo a característica de cada jogador do rival. Pegou três dos sete chutes, sendo decisivo.

“Temos o costume de esperar o batedor, mas vai muito da intuição do goleiro. Eles procuram esperar o máximo, e aí ainda tem que ter a força pra sair na bola. É muito mais mérito do goleiro. Vale intuição, conhecer o batedor”, explica Marquinhos.

Marquinhos é ex-goleiro, passou por Inter, Náutico e Novo Hamburgo-RS. Na função de preparador, começou a carreira no Inter, trabalhou sete anos no Japão, passando ainda por Galatasaray-TUR, Flamengo, Botafogo e Goiás, voltando ao Beira-Rio em 2011. Ele quer goleiros habilidosos, e exercita em exaustão o jogo com os pés de seus comandados (Muriel, renan, Lauro e Agenor).

“Goleiro que não vai bem com os pés acaba tendo a tarefa dificultada. O time joga muito com o goleiro, ele tem que saber se defender com os pés. Os goleiros precisam treinar com as duas pernas. Em um jogo a bola pode vir no pé trocado. O mérito é deles, que se dedicam e estão se aperfeiçoando cada vez mais”, comenta.

O Inter treina jogada ensaiada até no tiro de meta. Não basta só dar o balão pra frente, tem que pensar a jogada.

“Tem que facilitar o trabalho do companheiro. A técnica pro goleiro é muito importante. Dá pra fazer jogada ensaiada em tudo que é lance. É só treinar”, revela Marquinhos.

O resultado na prática foi visto na rodada retrasada do Brasileirão. Leandro Damião fez o gol contra o Bahia. A assistência foi de Muriel.

gaz.com.br

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