segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Um gigante embaixo da trave

Em pouco mais de três meses, o goleiro Gideão passou da condição de reserva para titular absoluto no Náutico.
Quando o goleiro Glédson sofreu uma luxação no cotovelo e precisou ficar de fora por 15 dias, a torcida do Náutico temeu pelo seu substituto. Mal sabia que um novo ídolo estaria surgindo. Gideão Lima de Castro, 23 anos, 1,90 metro. Incontestável nos Aflitos. Até então, totalmente desconhecido, jovem e com passagens apenas por clubes do interior pernambucano, Gideão entrou, agradou e nunca mais perdeu a titularidade. Desde a estreia pelo Timbu, no dia 9 de julho, na vitória sobre o Icasa, o atleta só não jogou uma partida e porque estava machucado.

Gideão é capixaba. Veio parar em Pernambuco após fazer um bom campeonato estadual pelo tradicional Rio Branco. Destaque do Vera Cruz, foi para o Náutico e do Timbu acabou emprestado para o Centro Limoeirense para jogar a Série A2 do estadual. Crescendo de produção, ele voltou para os Aflitos. Iniciou o Campeonato Pernambucano deste ano como terceiro goleiro atrás de Douglas (que já deixou o Náutico) e Glédson, até então titular absoluto na Rosa e Silva.

Foi tudo muito rápido. Titularidade, fama, pressão. Fato que ainda está se adequando ao dia a dia de Gideão, que, sempre tranquilo, vai tirando de letra a novidade. “Sempre trabalhei pensando no momento em que a oportunidade iria aparecer. Dei o meu melhor nos treinamentos para buscar a credibilidade. Sou muito focado e tranquilo sempre. É o tipo da coisa que acontece com o tempo. Vivo o dia a dia do clube como um momento único na minha vida e fico feliz com o que está acontecendo. É um ambiente muito bom, onde todo mundo se diverte e por isso creio que estamos chegando perto do acesso à Série A”, disse.

Já são 20 jogos à frente do gol alvirrubro. Atuações que credenciaram Gideão a ser titular absoluto na sua posição e fizeram dele um verdadeiro paredão dos Afltios. E de “paredão” para ídolo é um pulo. Posto, no entanto, que ainda é renegado pelo goleiro. “Ídolo não. Eu posso ajudar o time a subir, cumprir bem o meu papel, mas daí a me considerar um ídolo é demais. Eu ainda tenho muita contribuição a dar ao Náutico e muito para mostrar ainda até poder chegar lá”, afirmou.

A única partida que não jogou desde que assumiu a titularidade foi diante do Duque de Caxias. Glédson, que o substituiu, falhou no último minuto de jogo, cedendo o empate aos fluminense. Ainda assim, Gideão prega muito respeito aos companheiros de posição. “Você vê Glédson e Rodrigo, que têm condições de jogar em qualquer clube do Brasil, e isso acaba sendo um motivo a mais para dar sempre o melhor”, pontuou Gideão.

Ficha do atleta

Gideão Lima de Castro
Nascimento: 19/12/1987
Natural: Vitória, no Espírito Santo
Altura: 1,90 metro
Peso: 95kg
Jogos pelo Náutico: 20
Quando chegou: 2009
Último clube: Centro Limoeirense
Estreia: Icasa 1 x 2 Náutico (9 de julho de 2011)
Gols sofridos: 21
Média de gols tomados : 1,05

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